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Franz Weissmann

A Pinakotheke Cultural apresenta a mostra “Franz Weissmann [1911-2005]”, com 76 obras emblemáticas do grande escultor, um dos expoentes do Neoconcretismo, e que ocupa um lugar de destaque na arte brasileira.  As obras, selecionadas pelo curador Max Perlingeiro, darão ao público a possibilidade de acompanhar o pensamento desse artista fundamental e capaz de operar mudanças nos conceitos existentes até então no país.  Serão esculturas de pequeno, médio e grande formato, e ainda várias maquetes, ponto de partida de Weissmann para a criação de suas esculturas. Muitas delas nunca vistas, ou sem serem expostas há décadas. O famoso Cubo Vazado, apresentado na Bienal de 1953, depois de ter sido recusado na de 1951, e considerado um marco na escultura brasileira, estará na mostra.

Além das obras de Franz Weissmann, foram selecionadas obras de outros artistas que foram importantes ao longo da sua trajetória: Quirino Campofiorito (1902-1993), seu professor de desenho, Auguste Zamoyski (1893-1970), professor de escultura, sua amiga de ateliê, Izabella (Bellá) Paes Leme (1910-2006), Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), criador da Escola do Parque, em Belo Horizonte, que o convidou para ser professor, seus aluno Amilcar de Castro (1920-2002) e Mary Vieira (1920-2001). Completam a coleção, obras do suíço Max Bill (1908-1994), por quem Weissmann tinha grande respeito. Sua escultura se modifica ao ter contato com as obras de Max Bill em São Paulo, e, o escultor espanhol Jorge Oteiza (1908-2003), que desenvolvia pesquisa semelhante à sua, de quem se tornou grande amigo, a partir da Bienal de 1957, quando ambos ganham o prêmio de melhor escultor internacional e melhor escultor nacional.

“A liberdade que Franz Weissmann tinha de criar é seu principal legado”, afirma Max Perlingeiro. “Ele reivindicava uma liberdade absoluta ao criar objetos, e isso era mais importante do que as formas que buscava, e era o que transmitia a seus alunos e colegas”, observa.  “Angel Vianna, amiga e aluna dele em Belo Horizonte, declarou certa vez que essa noção foi fundamental em sua opção pela expressão corporal”.

A mostra será dividida em quatro espaços: Da figura ao fio); O cubo vazado e seus desdobramentos (1950-1960); Torres e colunas (1970 até o final); e os jardins, com esculturas em aço patinado (Corten).  “Weissmann não tinha uma ordem cronológica em sua pesquisa diária. Podia retomar um projeto em maquete décadas depois, ou trabalhar muitas ideias simultaneamente”, explica Max Perlingeiro. Ele lembra que além dos 100 anos de Weissmann, a exposição comemora os 60 anos do Cubo Vazado, em que ele rompe definitivamente com o figurativo. As obras vêm de importantes coleções particulares, do Acervo Franz Weissmann, do Museu Nacional de Belas Artes e do MAC – USP. Várias peças foram restauradas para a exposição, e outras foram realizadas pela primeira vez a partir das maquetes feitas pelo escultor.  As maquetes ocupam um núcleo histórico importante, por mostrarem o desenvolvimento do pensamento de Weissmann, das linhas curvas até chegar ao ângulo reto e ao cubo.   

Um aspecto importante da exposição, e desconhecido do grande público, será a exposição da insuspeitada correspondência entre Weissmann e outros artistas e intelectuais, como Lygia Clark, Lygia Pape, Mario Pedrosa, Frans Krajcberg, Mario Pedrosa, Ferreira Gullar, Murilo Mendes e João Cabral do Mello Neto. 

Fragmentos de depoimentos de Franz Weissmann estarão na parede, contextualizando as obras expostas. “Quisemos dar voz ao artista, que sempre teve sua obra discutida por críticos e curadores”, afirma Max Perlingeiro.

Visitação pública: 06 de setembro a 03 de dezembro de 2011

Pinakotheke Cultural

Rua São Clemente 300, Botafogo

22260-000 – Rio de Janeiro – RJ

Telefones: (21) 2537-7566                                                                                            

E-mail: contato@pinakotheke.com.br

Horário: de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados, das 10h às 16 h.

A entrada é gratuita