Revista Kaza
Edição 92 - Ano 9
120
por claudia ferraz
coleção
com
história
Com novidades e reedições de criadores célebres, Etel Carmona começa 2011
com uma coleção que merece holofotes: Designers Brasileiros em Seu Tempo e
Hoje uma seleção de peças pautada pela beleza e respeito ao planeta
design
1
Lançada no final de 2010, mas prometendo encantar os apaixonados
por design ao longo de todo este ano, a nova coleção
da Etel Interiores tem sido a menina dos olhos de sua idealizadora
que, por dois anos, debruçou-se sobre o projeto: compilar
peças de designers contemporâneos e históricos, que tivessem
em comum as ideias de atemporalidade, valorização da matéria-prima
brasileira e uso responsável da madeira. O resultado não poderia ser
mais elegante e significativo: 18 peças (em angelim, pau-ferro, pinhode-
riga e freijó), assinadas pela própria Etel Carmona, por Arthur
de Mattos Casas, Claudia Moreira Salles, Lia Siqueira e também
por representantes, respectivamente, das décadas de 30, 50 e 60:
Gregori Warchavchik, Jorge Zalszupin e Paulo Uccelo.
Uma iniciativa inspirada pela confluência entre propostas de épocas
distintas, associada à motivação de prestigiarmos os talentos nacionais,
define a designer e empresária mineira, que confessa ter uma estória
em tudo o que acontece em sua grife. Nada é escolhido friamente,
sempre há emoção, desafios... Nesta coleção, em especial, temos o
caso da Poltrona Verônica, do Jorge (Zalszupin), que nasceu de uma
provocação minha: vendo como ele estava bem fisicamente, sugeri que
pudesse criar peças novas, a partir do zero. Já o com o Arthur (de
Mattos Casas), parceiro estreante, a motivação foi o desafio construtivo
de seu trabalho. Todas as 18 peças da coleção, aliás, estão sendo
comercializadas por nossos parceiros. No Brasil, em São Paulo e Belo
Horizonte, e no exterior, no Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Suíça
e Portugal. O sofá da Claudia Moreira Salles é uma edição limitada de
três peças, em pinho-de-riga, esclarece Etel Carmona.
Sobre sua fama de perfeccionista, ela reforça: Cada peça Etel é especial,
tem que ser tocada com o dorso da mão para se sentir a maciez. Se não
estiver assim, não está perfeita, volta para o acabamento até atingirmos nosso
ideal e, aí sim, entregarmos ao cliente. E ela finaliza falando sobre luxo e
sustentabilidade. Bem antes de se falar em sustentabilidade, minha filosofia
sempre foi tratar as madeiras (todas, em geral, mas as brasileiras, em particular)
como joias. Assim damos valor, evitamos o desperdício, cuidamos...
Não vejo incompatibilidade do luxo com a sustentabilidade, ao contrário. Um
produto verdadeiramente luxuoso não pode agredir nosso planeta.
www.etelinteriores.com.br
121
Aqui, sete das 18 peças da coleção. 1. Mesa de Trabalho Asa, de Arthur de Mattos Casas: em
nogueira, com corrediças internas para os tampos deslizantes, que permitem esconder papéis
e o laptop, quando necessário 2. Também de Casas, o Aparador Onda, com frente ondulada
por prensagem de folhados de nogueira 3. De Lia Siqueira, a estante Meu Amigo Brancusi, até
tu Volpi..., constituída por elementos modulares 4. Carrinho de chá de Warchavchik: em metal
cromado, com rodas em madeira maciça e bandejas removíveis 5. A Poltrona Verônica, criada por
instinto, em cerca de apenas uma hora, por Jorge Zalszupin: curvilínea, em angelim e forração de
couro 6. Mesa Pétalas, reedição de um trabalho de Zalszupin, da década de 60: oito peças iguais,
moldadas individualmente em compensado e folhas de pau-ferro 7. Mesa Circular, de Warchavchik:
em quatro discos de madeira
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Edição 92 - Ano 9
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por claudia ferraz
coleção
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história
Com novidades e reedições de criadores célebres, Etel Carmona começa 2011
com uma coleção que merece holofotes: Designers Brasileiros em Seu Tempo e
Hoje uma seleção de peças pautada pela beleza e respeito ao planeta
design
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Lançada no final de 2010, mas prometendo encantar os apaixonados
por design ao longo de todo este ano, a nova coleção
da Etel Interiores tem sido a menina dos olhos de sua idealizadora
que, por dois anos, debruçou-se sobre o projeto: compilar
peças de designers contemporâneos e históricos, que tivessem
em comum as ideias de atemporalidade, valorização da matéria-prima
brasileira e uso responsável da madeira. O resultado não poderia ser
mais elegante e significativo: 18 peças (em angelim, pau-ferro, pinhode-
riga e freijó), assinadas pela própria Etel Carmona, por Arthur
de Mattos Casas, Claudia Moreira Salles, Lia Siqueira e também
por representantes, respectivamente, das décadas de 30, 50 e 60:
Gregori Warchavchik, Jorge Zalszupin e Paulo Uccelo.
Uma iniciativa inspirada pela confluência entre propostas de épocas
distintas, associada à motivação de prestigiarmos os talentos nacionais,
define a designer e empresária mineira, que confessa ter uma estória
em tudo o que acontece em sua grife. Nada é escolhido friamente,
sempre há emoção, desafios... Nesta coleção, em especial, temos o
caso da Poltrona Verônica, do Jorge (Zalszupin), que nasceu de uma
provocação minha: vendo como ele estava bem fisicamente, sugeri que
pudesse criar peças novas, a partir do zero. Já o com o Arthur (de
Mattos Casas), parceiro estreante, a motivação foi o desafio construtivo
de seu trabalho. Todas as 18 peças da coleção, aliás, estão sendo
comercializadas por nossos parceiros. No Brasil, em São Paulo e Belo
Horizonte, e no exterior, no Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Suíça
e Portugal. O sofá da Claudia Moreira Salles é uma edição limitada de
três peças, em pinho-de-riga, esclarece Etel Carmona.
Sobre sua fama de perfeccionista, ela reforça: Cada peça Etel é especial,
tem que ser tocada com o dorso da mão para se sentir a maciez. Se não
estiver assim, não está perfeita, volta para o acabamento até atingirmos nosso
ideal e, aí sim, entregarmos ao cliente. E ela finaliza falando sobre luxo e
sustentabilidade. Bem antes de se falar em sustentabilidade, minha filosofia
sempre foi tratar as madeiras (todas, em geral, mas as brasileiras, em particular)
como joias. Assim damos valor, evitamos o desperdício, cuidamos...
Não vejo incompatibilidade do luxo com a sustentabilidade, ao contrário. Um
produto verdadeiramente luxuoso não pode agredir nosso planeta.
www.etelinteriores.com.br
121
Aqui, sete das 18 peças da coleção. 1. Mesa de Trabalho Asa, de Arthur de Mattos Casas: em
nogueira, com corrediças internas para os tampos deslizantes, que permitem esconder papéis
e o laptop, quando necessário 2. Também de Casas, o Aparador Onda, com frente ondulada
por prensagem de folhados de nogueira 3. De Lia Siqueira, a estante Meu Amigo Brancusi, até
tu Volpi..., constituída por elementos modulares 4. Carrinho de chá de Warchavchik: em metal
cromado, com rodas em madeira maciça e bandejas removíveis 5. A Poltrona Verônica, criada por
instinto, em cerca de apenas uma hora, por Jorge Zalszupin: curvilínea, em angelim e forração de
couro 6. Mesa Pétalas, reedição de um trabalho de Zalszupin, da década de 60: oito peças iguais,
moldadas individualmente em compensado e folhas de pau-ferro 7. Mesa Circular, de Warchavchik:
em quatro discos de madeira
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