Revista Kaza Edição 92 - Ano 9 198 No home cinema, convite permanente ao lazer e à descontração. Os grandes sofás da Artefacto, modelo Conrad, complementam-se pelas lounge-chairs em couro branco e madeira natural de Charles e Ray Eames, da Clássica para o Studio Bertoldi. A mesa de centro, by Piero Lissoni, é da Cassina. Na cor areia, tapete em algodão, da Avanti, fornecido pela Projeto Original. É de Jacqueline Terpins o cinzeiro Pixels, para o Studio Bertoldi. Na outra página, a elegância da arte: escultura de Carina Weidle e tela de Mariannita Luzzati decoração Em nova roupagem, no 17º andar de um edifício em ponto alto da capital paranaense, este apartamento se abre ao skyline da cidade e da Serra do Mar, agora totalmente adequado aos desejos e hábitos de seus moradores. Com inventividade, o arquiteto Marcos Bertoldi partiu justamente do estilo de vida de seus proprietários para desenvolver a proposta de um novo layout. “O casal, que viaja com frequência, adora arquitetura, arte e design. Pais de um casal de adolescentes, eles costumam garimpar objetos interessantes e raros para a casa. A filha, aliás, estuda design na Parson’s, em Paris. O novo visual do apartamento deveria transmitir esses valores, com uma arquitetura capaz de absorver obras de arte e peças significativas de design”, justifica o arquiteto, que faz questão de citar espaços que, depois de bem solucionados, são agora perfeitamente adequados aos hábitos da família: “Jantares à mesa são a forma preferida de receber. O home cinema tem um uso preferencialmente familiar. E lateralmente à sala principal criei um espaço para degustação de vinhos e charutos, uma vez que um dos hobbies do dono da casa é a enologia.” Sem fazer alterações na configuração espacial nem nos materiais de revestimento, esquadrias internas e forros, Bertoldi procurou requalificar o espaço. “Fiz do vazio arquitetônico o protagonista e principal suporte do projeto. Sem poder reestruturar os ambientes com alvenarias e reformas, optamos pela inclusão de grandes painéis de madeira, ora como revestimentos, ora como fragmentos arquitetônicos, iluminados e emoldurando janelas. Tal como paredes sobrepostas e descoladas das já existentes”, ressalta. E situa: “A sala principal e o fumoir contam com dois painéis em U, revestidos em couro-sola branco, fechando as extremidades menores do espaço, centralizando as janelas e embutindo as persianas pretas. A sala de jantar está situada entre duas paredes-painéis laqueadas de branco e moduladas por balizadores luminosos instalados com simetria. O home cinema conta com madeiras laqueadas em preto e, nas dependências do casal, todo o espaço é envolvido por uma boiserie. E toda a iluminação foi remodelada em função desses painéis e da nova distribuição do mobiliário”, finaliza. 199 K Revista Kaza Edição 92 - Ano 9 198 No home cinema, convite permanente ao lazer e à descontração. Os grandes sofás da Artefacto, modelo Conrad, complementam-se pelas lounge-chairs em couro branco e madeira natural de Charles e Ray Eames, da Clássica para o Studio Bertoldi. A mesa de centro, by Piero Lissoni, é da Cassina. Na cor areia, tapete em algodão, da Avanti, fornecido pela Projeto Original. É de Jacqueline Terpins o cinzeiro Pixels, para o Studio Bertoldi. Na outra página, a elegância da arte: escultura de Carina Weidle e tela de Mariannita Luzzati decoração Em nova roupagem, no 17º andar de um edifício em ponto alto da capital paranaense, este apartamento se abre ao skyline da cidade e da Serra do Mar, agora totalmente adequado aos desejos e hábitos de seus moradores. Com inventividade, o arquiteto Marcos Bertoldi partiu justamente do estilo de vida de seus proprietários para desenvolver a proposta de um novo layout. “O casal, que viaja com frequência, adora arquitetura, arte e design. Pais de um casal de adolescentes, eles costumam garimpar objetos interessantes e raros para a casa. A filha, aliás, estuda design na Parson’s, em Paris. O novo visual do apartamento deveria transmitir esses valores, com uma arquitetura capaz de absorver obras de arte e peças significativas de design”, justifica o arquiteto, que faz questão de citar espaços que, depois de bem solucionados, são agora perfeitamente adequados aos hábitos da família: “Jantares à mesa são a forma preferida de receber. O home cinema tem um uso preferencialmente familiar. E lateralmente à sala principal criei um espaço para degustação de vinhos e charutos, uma vez que um dos hobbies do dono da casa é a enologia.” Sem fazer alterações na configuração espacial nem nos materiais de revestimento, esquadrias internas e forros, Bertoldi procurou requalificar o espaço. “Fiz do vazio arquitetônico o protagonista e principal suporte do projeto. Sem poder reestruturar os ambientes com alvenarias e reformas, optamos pela inclusão de grandes painéis de madeira, ora como revestimentos, ora como fragmentos arquitetônicos, iluminados e emoldurando janelas. Tal como paredes sobrepostas e descoladas das já existentes”, ressalta. E situa: “A sala principal e o fumoir contam com dois painéis em U, revestidos em couro-sola branco, fechando as extremidades menores do espaço, centralizando as janelas e embutindo as persianas pretas. A sala de jantar está situada entre duas paredes-painéis laqueadas de branco e moduladas por balizadores luminosos instalados com simetria. O home cinema conta com madeiras laqueadas em preto e, nas dependências do casal, todo o espaço é envolvido por uma boiserie. E toda a iluminação foi remodelada em função desses painéis e da nova distribuição do mobiliário”, finaliza. 199 K