Construção do Museu de Arte do Rio
Paulo Jacobsen e Thiago Bernardes na construção do MAR
Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá será de autoria da dupla de arquitetos
A Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou no início de junho o projeto de autoria da dupla de arquitetos cariocas Paulo Jacobsen e Thiago Bernardes para a construção do MAR - Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá, centro da capital fluminense. O projeto, que tem realização da Fundação Roberto Marinho e apoio do Governo do Estado, está previsto para ser inaugurado em 2012 e tem custo estimado em R$ 43 milhões.
O museu será instalado no Palacete Dom João VI, de estilo eclético, construído em 1916 e tombado no ano 2000 pelo Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural, e no prédio contíguo onde atualmente funcionam o Hospital da Polícia Civil e o terminal rodoviário Mariano Procópio, construído em estilo modernista. Os arquitetos foram desafiados a desenhar um projeto que envolva os prédios já existentes, de estilos distintos, criando uma unidade. “Propusemos a criação de uma praça suspensa na cobertura do prédio reunindo todos os acessos, além de um bar e uma área para eventos culturais e atividades de lazer. Dessa forma, a visitação será feita de cima para baixo”, define Paulo Jacobsen.
A dupla pensou ainda em um elemento de interseção dos dois prédios, que juntos somam 8.500 m2. A união será feita por meio de duas passarelas translúcidas, cobertas, e uma cobertura suspensa, que possui uma estrutura fluida, extremamente leve, simulando a ondulação da superfície da água, considerada por eles a grande marca do projeto. “Esse elemento será visto tanto de perto quanto de bem longe, tanto de baixo, para quem esta chegando à Praça Mauá, quanto de cima, para quem está no Morro da Conceição”, completa o arquiteto.
Em função dos grandes pés-direitos e da planta livre de estrutura, o Palacete vai abrigar as salas de exposição do museu. No prédio que lhe é contíguo, cedido pelo Governo do Estado, será abrigada a Escola do Olhar, também com salas de exposição temporárias, salas de aula e áreas de administração. O térreo livre com pilotis, hoje utilizado como acesso para o terminal rodoviário, será transformado em um grande foyer, também com áreas expositivas, jardins e auditório. A marquise do terminal rodoviário, um elemento tombado, abrigará os serviços do museu.
“Vamos resgatar a centralidade da Praça Mauá, onde há um grande fluxo de turistas, transformando-a em um ponto de equilíbrio da Avenida Rio Branco. Em uma ponta temos o MAM - Museu de Arte Moderna, que já é um sucesso e um grande ativo para a cidade, e na outra ponta teremos o MAR, que será, sem dúvida, uma grande referência no mundo das artes”, acredita Felipe Góes, secretário municipal de Desenvolvimento do Rio de Janeiro e presidente do Instituto Pereira Passos.
O MUSEU
A curadoria do museu é do jornalista Leonel Kaz, também curador do Museu do Futebol, em São Paulo. Ele usará como base para criação da exposição permanente do MAR a mostra “A Paisagem Carioca”, organizada por Carlos Martins no MAM, em 2000. O objetivo é conduzir os visitantes a um passeio pela história da cidade. O museu terá ainda a Escola do Olhar, que terá em sua curadoria colaboradores como o artista plástico Vik Muniz e o diretor de arte Gringo Cardia. Também fazem parte da equipe multidisciplinar os filósofos Auterives Maciel e André do Eirado, o psiquiatra e psicanalista Benilton Bezerra e o físico Luiz Alberto Oliveira.
Conheça mais sobre o trabalho dos arquitetos pelo site www.bjaweb.com.br
Fonte: Arqu!Bacana