Passarela de Niemeyer na Rocinha
Governo inaugura passarela de Niemeyer na favela da Rocinha
As autoridades do Rio de Janeiro inauguraram no último dia 27, a passarela para pedestres na favela da Rocinha adornada com um sugestivo arco do arquiteto Oscar Niemeyer inspirado nas curvas femininas.
A passarela, com 60 metros de extensão, conta com três rampas em curva e conecta a Rocinha, a maior favela do rio de janeiro, com o rico bairro de São Conrado. Ela foi inspirada em outra passarela, também desenhada por Niemeyer, que desde 1984 adorna o Sambódromo da cidade.
No projeto Niemeyer reproduziu as generosas curvas da mulher brasileira, como o próprio arquiteto reconheceu em numerosas ocasiões.
A passarela faz parte de um programa de urbanização da favela, onde vivem cerca de 100 mil pessoas, e está orçado em R$ 231,2 milhões.
Além da passarela, foram feitas outras melhorias na Rocinha para a inauguração, como a pintura da fachada de 60 casas próximas à passarela com cores chamativas, como amarelo, verde, violeta, vermelho e azul. Também foram cobertos 50 metros de um canal que atravessa uma das principais ruas da favela e pelo qual o esgoto circulava ao ar livre.
O presidente da empresa regional de obras públicas, Ícaro Moreno, afirmou que o resto das obras projetadas no plano estará terminado em dezembro. Isto inclui um teleférico inclinado, que facilitará o transporte dos habitantes até o alto do morro em que a Rocinha se espalha, um centro cultural e 144 casas novas para as quais serão transferidos alguns moradores cujas casas serão demolidas.
Durante o ato de inauguração, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, prometeu que vai incluir o bairro em um plano de segurança pública que passa pela expulsão dos grupos de narcotraficantes que operam na favela e a implementação de delegacias da Polícia.
Este modelo de patrulha policial, acompanhado de programas culturais, foi implantado em oito favelas da cidade nos últimos dois anos, o que contribuiu para diminuir as taxas de criminalidade, segundo dados oficiais.
Fonte: Uol