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Prêmio Design Movelpar 2011

Jurados premiam projetos nas categorias Estudante, Profissional e Indústria

Em sua quinta edição, o Prêmio Design Movelpar ( que faz parte da Feira de Móveis do Paraná/ Movelpar) contou com um novo desafio: a criação de mobiliário para residências mais compactadas, voltados a atender às necessidades atuais das famílias brasileiras. O tema, segundo o gerente do Senai Arapongas, Nilson Violato – entidade parceira na organização do Prêmio em conjunto com o Expoara e o Centro Internacional de Inovação (C2i) –, foi decorrência das mudanças sociais nas classes brasileiras. “O desafio foi criar propostas para espaços cada vez menores como acontece com as casas de projetos sociais que tem em média oitenta metros quadrados”, afirmou. Entre os conceitos mais utilizados está a versatilidade e as articulações dos móveis para a economia e redimensionamento no espaço físico, além de soluções para baratear a produção do mobiliário sem perder o design.

Organizado em duas etapas, o concurso recebeu inscrições de todas as regiões do país e premiou os melhores projetos em três categorias: Estudante, Profissional e Indústria. A primeira etapa contou com 117 inscritos e teve como jurados especialistas da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Universidade Norte do Paraná (Unopar). Juntas, as universidades escolheram os 30 melhores projetos. Os autores foram convidados a produzir um protótipo para participar da exposição na Movelpar 2011 e concorrer à premiação final. O júri da segunda etapa foi composto por quatro especialistas do Brasil e um do exterior, que consideraram os concorrentes competitivos, criativos e com resultados muito próximos ao mercado. São eles: Alessio Gnaccarini (Itália), Bernardo Senna (RJ), Demétrius Vasques Cruz (RJ), Neymar Leonardo dos Santos (BA) e Paulo Correa Mendes (DF).

Os vencedores da categoria Estudante foram os alunos de Design de Produto da UEM, Bruno dos Reis e Juliara Santos, que criaram o Painel Versat. O móvel agrega em uma única peça prateleiras, escrivaninha e banqueta que podem ser abertos conforme a necessidade, evitando-se espaços desnecessários. Em segundo lugar, ficou Wanderson Limeira, que concorreu com a Cadeira Tatame, jovial, confortável e colorida de EVA. E o terceiro melhor projeto da categoria foi a Mesa de Computador Curvi, de Tarliny da Silva e Estevam Goulart, que priorizaram a praticidade e acessibilidade para se usar o computador.

Quem venceu a categoria Profissional foi Izamara Carniatto com a Cama de Casal Sensation, que é produzida com pinus reflorestado, tem baixo custo de produção e foi inspirada nas Cataratas do Iguaçu. O segundo lugar ficou para Maurício Dias e Letícia Lira, criadores do Guarda Roupa Y, cujo público alvo são jovens de 15 aos 25 anos, com uso de MDP e MDF. A terceira maior pontuação foi para o compacto e personalizável Rack Cubos, produzidos por Aline Knop e Stifany Knop.

Na categoria Indústria, o primeiro prêmio ficou para Kaa Brasil, que apresentou o Painel Home Office, um mobiliário que, fechado, lembra um painel de parede decorativo e, aberto, serve como escrivaninha e estante.  Logo em seguida, está o Home Theater Inovative 50’s, da Móveis Estrela, que buscou inspiração nos anos 50 para seu painel de TV e rack. A terceira maior pontuação foi do Centro Multimídia Modo da Caemmun, que integra rack, mesa para computador e mesa de apoio/centro.

Estudantes e profissionais foram premiados com MacBooks em versões diferenciadas. Na modalidade indústria a premiação é veiculação de anúncio publicitário em revista do setor, certificado e troféu. Segundo os jurados Demetrius Cruz, Designer do Senai/RJ, e Paulo Mendes, Designer do Senai/DF, o desafio é mais do que apenas adaptar os móveis à casa do brasileiro. “O mobiliário precisa trazer características culturais do público alvo, tem que apresentar certa ‘brasilidade’ que traga identidade própria”, define Paulo Mendes. O jurado Alessio Gnaccarini, diretor geral do Centro de Inovação Tecnológica em Madeira e Indústria de Móveis da Itália (Cosmob), considerou a experiência no Prêmio Design enriquecedora. “Foi muito interessante trabalhar com projetos vindos de várias partes do país e também com jurados de várias regiões do Brasil. Cada um apontou linhas diferentes de pensamentos, o que trouxe resultados bem fundamentados”, disse. Para o italiano, os projetos inscritos estavam próximos ao mercado, demonstrando potencial mercadológico e viabilidade produtiva. Bernardo Senna, design e consultor do Senai no Rio de Janeiro, analisou que as três categorias estavam bem definidas. “Os estudantes ousaram mais, devido à possibilidade de criarem algo menos pautado no processo produtivo e mais no destaque de seu potencial profissional”, explica Senna. Já na categoria profissional, ele enxerga um apelo comercial maior. “O designer autônomo precisa se diferenciar dos grandes produtores, sem fugir das necessidades dos consumidores. Mas nossa grande surpresa foi a qualidade e a inovação encontradas na categoria industrial. Os participantes creditam ao design um importantíssimo diferencial na concorrência”, sustenta.