Hyundai Mostra Black
Voltada ao design de interiores, a Hyundai Mostra Black reúne nomes consagrados em mostra-boutique de decoração
O calendário de décor de São Paulo está super aquecido. Abrigada em um casarão construído na década de 1940, no Jardim Europa, pelo arquiteto francês Jacques Pillon, a Hyundai Mostra Black apresenta, em sua primeira edição, 14 profissionais escolhidos a dedo.
Idealizada por Raquel Silveira, a mostra tem a curadoria de Sergio Zobaran e surge no mercado brasileiro como uma nova opção para exibir o que há de melhor em design de interiores assinados por top profissionais.
O conceito ‘Black’ destaca ambientes exclusivos e singulares, em diferentes concepções, cores, formas e materiais, além de importantes obras de arte, que vão de Portinari a Vik Muniz. Com essa ideia, os arquitetos, designers de interiores e paisagistas desenvolveram espaços que refletem sonhos estéticos, que vão além dos elementos que compõem uma casa tradicional.
Serviço
Hyundai Mostra Black
Endereço: Rua Groenlândia, 448 - Jardins – São Paulo – SP
Data: de 22 de junho a 17 de julho
Horários: de terça a sábado e feriados, das 12h às 20h30; domingo, das 11h às 19h30
Ingresso: R$ 100,00; meia-entrada para estudantes (crianças até 10 anos não pagam),
Transporte: Estacionamento no Hotel Unique, na Av. Brigadeiro Luis Antonio, 4700. Traslado gratuito de ida-e-volta dos visitantes do Unique até a Mostra Black.
CONHEÇA OS 14 PROFISSIONAIS E SEUS PROJETOS QUE EXPLORAM O CONCEITO BLACK
(Alex Hanazaki)
Toda a sofisticação e tecnologia de ponta para o espaço que assina. O paisagista reinventa o conceito de jardim vertical, criando um novo muro, de 7 metros de altura por 30 de comprimento, em uma composição surpreendente, que une vegetação simples com recursos tecnológicos e até projeção de imagens. Alex também optou por novas tendências, com materiais originais como as pedras da Palimanan importadas da Indonésia que revestem a piscina, um grande espelho d’água com passarelas e lareiras ecológicas distribuídas por todo o espaço.
(Ana Maria Vieira Santos)
Criou uma sala em diversos tons de cinza, onde o conforto é o principal destaque entre obras de arte, objetos antigos e paredes revestidas com tecido. Para ela, é um espaço ideal para ouvir uma boa música, ler um livro interessante e desfrutar do aconchego da lareira (o ambiente já tinha uma original, uma vez que era o antigo quarto do casal de proprietários da casa). A opção de não ter nenhum aparelho de televisão reforça o conceito intimista proposto por Ana, que vê ali dentro uma mulher chic e culta.
(Dado Castello Branco)
O conceito Black é especial e algo que faz diferença na vida de cada um. Pensando nisso, Dado inspirou-se na charmosa cidade de Paris para projetar seu ambiente. Com espaço amplo, que antes abrigava três grandes quartos da casa (os dos filhos, já originalmente unidos por portas), o arquiteto criou um apartamento completo com hall, living, cozinha / jantar, quarto e banheiro. Tudo pensado para um casal que aprecia arte, boa culinária e gosta de receber os amigos.
(David Bastos)
Para o ambiente da varanda, com 80m², e que conecta o interior da casa ao jardim, o arquiteto David Bastos criou o charmoso Champagne Bar. A ideia foi projetar um lugar de uso, casual e inusitado, que possibilitasse receber bem os convidados - dele e da Mostra no todo. Para deixar o ambiente - feito todo em madeira - ainda mais requintado, David utilizou veludo preto nas cortinas e carpete no chão. O imenso e bem posicionado sofá italiano complementa e harmoniza o interior, que recebe ainda banquinhos e mesas auxiliares.
(Fernanda Marques)
O ambiente criado por Fernanda Marques surge como um tributo ao homem contemporâneo. Em um local amplo, a antiga garagem da casa e seu pátio à frente, a arquiteta reúne alguns ícones do mundo masculino: carros, velocidade, praticidade, a vontade de compartilhar os bons momentos com os amigos. Para Fernanda, nesse espaço multiuso um morador sofisticado encontra plenas condições para relaxar, trabalhar ou receber seus convidados, seja no home theater, no lounge ou no bar, equipado com adega. Em meio a muito verde, e tendo ao seu alcance toda a tecnologia atual, inclusive uma moto Harley Davidson.
(Guto Requena)
O jovem arquiteto Guto Requena convida o público a interagir integralmente em seu espaço. No primeiro ambiente, Guto conta um pouco da história da casa que abriga a Mostra com objetos que foram encontrados durante a obra, e revelam memórias, como os azulejos com o brasão da família pintados à mão pela moradora. Ainda nesse espaço, os visitantes respondem à pergunta “O que faz de uma casa um lar?” através de um sms, via twitter ou pela interface touch screen disponível no local. A surpresa surge ao subir as escadas e encontrar as respostas mais recorrentes expostas em um papel de parede digital, que estará em constante transformação ao longo da mostra.
(João Armentano)
A partir da ideia de que ser simples é um grande luxo, o arquiteto João Armentano projetou o sótão compondo um ambiente amplo (com quase 300m²), porém leve, delicado e onde o clima sofisticado fica por conta das coleções de obras de arte e peças de decoração em diferentes estilos e texturas. Quem visitar o ambiente irá desfrutar de uma atmosfera aconchegante com destaque para a luz natural e aberto para uma varanda transformada em jardim suspenso.
(Jorge Elias)
A biblioteca criada por Jorge Elias é um projeto totalmente autoral, que mistura o estilo clássico - na sua estrutura - com um toque de modernidade na escolha dos móveis e peças de arte, destaques do ambiente. Como numa grande galeria, a biblioteca (no mesmo lugar da original da casa) abriga peças que representam diversos movimentos artísticos desde o século XVIII até o XXI. Uma mesa de centro de Gilbert Poillerat (designer francês da década de 1940), mesas laterais francesas também dessa época, poltronas art déco, fotografias de JR Duran, Steven Meisel e Bruce Weber, gravuras de Picasso e desenhos de Marc Chagall e Fernando Botero são alguns exemplos que representam o conceito intimista do espaço.
(Luiz Carlos Orsini)
O Terraço das Embaúbas projetado por Luiz Carlos Orsini é uma homenagem ao Ano Internacional das Florestas, comemorado ao longo de 2011. O espaço conta com 300 embaúbas verdes e prateadas, na proporção exata encontrada nas matas. Em meio a tanto verde, o paisagista incluiu um deck de madeira cumaru que conduz o público a dois espaços paralelos, com alturas diferentes, e sobre cada um deles foram erguidas pérgulas com coberturas de vidro black. O ambiente ainda conta com piso revestido com tapetes, iluminação cenográfica e um espelho d’água. Orsini contou com a contribuição da paisagista Leda Franco de Sá, que acompanhou todas as etapas do projeto e da execução.
(Marcelo Faisal)
O paisagista Marcelo Faisal apresenta um jardim cenográfico com base de carvão vegetal, considerado uma matéria prima ecologicamente correta. Ao criar um jardim original, o paisagista promete mexer com os sentidos e a percepção do público. Marcelo aposta nas esculturas de vidro soprado, que remetem ao trabalho do artista Dale Chihuly e que, ao entardecer, surpreendem pelo efeito visual originado de um jogo de luzes coloridas. O espaço ainda conta com um pergolado, deck e poltronas nas cores pretas, que fortalecem o conceito Black criado pelo profissional.
(Murilo Lomas)
O arquiteto Murilo Lomas aposta em um clima jovial e sofisticadamente simples. A partir disso, o profissional foi buscar inspiração na imagem de um jovem francês, bem nascido e bem informado, para criar a Sala de Estar Black, um espaço multiuso e atemporal no andar superior da casa. Murilo abusou das estampas - das geométricas e sinuosas ao tradicional ikat. E também da cor laranja, num clima retrô-contemporâneo com base nos anos 1970 e sua ponte com 2011.
(Renata Seripieri)
Assina dois espaços na exposição. Um deles é totalmente conceitual onde paredes, teto e piso estão pintados na cor preta. Dessa maneira a designer de interiores faz um convite ao público para uma reflexão sobre o morar. Um banco de madeira assinado por Hugo França serve de base para a projeção de poemas da artista plástica e poeta carioca Mana Bernardes, em que suas palavras combinadas formam poemas produzidos exclusivamente para o ambiente. Renata também criou um lavabo com acessibilidade, em estilo clássico francês, em que mostra que é possível unir funcionalidade e sofisticação ao substituir as barras de apoio, comumente fabricadas de aço inox, por peças de bronze. Mesmo optando por um ambiente mais luxuoso, Renata não deixou de seguir todas as determinações técnicas exigidas para o uso de portadores de deficiência física.
(Roberto Migotto)
O surpreendente lounge em vermelho total, criado pelo arquiteto Roberto Migotto reúne peças, objetos e obras de arte que não se comprometem com o tempo, tornando o ambiente essencialmente contemporâneo. Destinado a pessoas de gosto apuradas e atraídas por cenários dramáticos, o projeto pode ser utilizado em diversos contextos, como residências, hotéis e também restaurantes, por exemplo. O arquiteto optou pela cor vermelha para fazer pequenas alusões a pessoas que são muito associadas a ela como o estilista Valentino, a colunista de moda Diana Vreeland e lugares como a Espanha.
(Sig Bergamin)
Com inspiração no inverno, o arquiteto Sig Bergamin projetou um living room na cor “chocolate amargo” e um mix dos estilos clássico e moderno. O ambiente acolhedor e intimista foi pensado para um homem sofisticado, urbano, intelectual e colecionador de artes. Para Sig, esse homem tem perfil internacional, por isso, o living room pode ser um cenário das cidades de São Paulo, Paris ou Nova York, por exemplo.