Arte tropical
Por Ana Paula de Assis
Fotos: Lau Polinésio
Inaugurado em 2006, na pequena cidade de Brumadinho, que fica há 60 km, da capital mineira, o Instituto Inhotim é um grande espaço cultural que foi pensado pelo empresário Bernardo Paz, ainda na década de 1980. A arquitetura de seus pavilhões, o seu acervo de arte e o jardim, assinado por Roberto Burle Marx, o tornaram um lugar único e singular. Uma visita ao parque onde fica o Inhotim é como mergulhar numa extensa Bienal ao ar livre, circundada por florestas e ter acesso a um dos mais importantes acervos de botânica, paisagismo e arte contemporânea do globo: pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo e instalações de artistas internacionais e brasileiros se fazem presentes por ali.
Dividido em 13 pavilhões permanentes e quatro temporários, ao percorrer as dependências do lugar, o visitante tem acesso a inúmeras obras de arte espalhadas pelos jardins, de espécies raras, que é fruto da estética genial do paisagista Roberto Burle Marx. Tudo por ali está em constante ebulição, integrado aos lagos e espelhos d’água. A cada dois anos uma nova mostra é apresentada com o intuito de divulgar novos artistas e reinterpretar as coleções de expoentes das artes plásticas. Cada pavilhão permanente é ocupado exclusivamente pela arte de um único artista. Neles estão obras de Tunga, Cildo Meireles, Miguel Rio Branco, Hélio Oiticica e Neville D´Almeida, Adriana Varejão, Doris Salcedo, Victor Grippo, Matthew Barney, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares, Janet Cardiff & George Bures Miller; e Doug Aitcken. Outro detalhe importante, que vale ressaltar, é o comprometimento do Inhotim em promover e fomentar a comunidade do entorno. Com tantos adjetivos fica difícil não se entregar as belezas tropicais dessa grande galeria a céu aberto. Vida longa ao Inhotim!