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Techno eco

Difícil pensar no planeta sem refletir na sua preservação. E não podemos negar que os avanços tecnológicos são apontados como um dos principais responsáveis pelos males do meio ambiente. E, de fato, alguns acontecimentos derivam, sobretudo, do desenvolvimento tecnológico. Por conta disso, é possível notar cada vez mais nesse século o flerte entre tecnologia e sustentabilidade. Pensando nisso, arquitetos e engenheiros preocupados com o planeta buscam projetar prédios verdes utilizando técnicas de construções menos agressivas ou poluentes. Principalmente nessa ultima década, as edificações sustentáveis tornaram-se uma realidade nas metrópoles. São prédios que utilizam, de forma racional, recursos como água e energia elétrica e que cuidam da destinação dos resíduos produzidos, ajudam a aumentar a produtividade e a reduzir gastos. Além disso, o emprego de recursos naturais é outra ferramenta ecologicamente correta, como o uso de madeira certificada, peças produzidas com baixas taxas de emissão de carbono, que só são possíveis graças aos avanços tecnológicos.

O maior exemplo dessa composição techno-eco é o Wuhan New Energy Center, na China, um complexo que irá estudar novas fontes de energia e sustentabilidade. A construção, que foi iniciada em novembro do ano passado, será a primeira do mundo a receber o certificado de edifício mais sustentável do planeta. Entre suas principais características está a emissão zero de carbono e consumo zero de energia elétrica. Com sistemas super modernos, a cobertura é revestida de painéis solares que irão captar energia solar. Outra curiosidade é que toda água da chuva será coletada e filtrada para o consumo interno. No pistilo, instalado no topo do edifício, serão construídas turbinas eólicas e toda superfície exterior foi projetada a fim de controlar a temperatura interna da obra.

 Outro que não fica para trás é o Bahrain Word Trade Center, nos Emirados Árabes, repleto de recursos tecnológicos.  Possui duas torres de 240 metros de altura, ligada por três pontes que sustentam três turbinas eólicas que irá gerar energia para a própria edificação, que é equivalente ao consumo anual de 300 casas. Além de lâmpadas de baixo consumo e revestimentos de vidros que permitem o uso de muita luz natural. Mais próximo do consumidor, empresas tem desenvolvido produtos para casa com o conceito techno-eco. Um bom exemplo disso, na área de design, é a multinacional Electrolux que desenvolve produtos de ponta a partir do seu Design Lab, um laboratório experimental de novos produtos para o século 21. Entre as peças, que são criadas anualmente, um lava-pratos e talheres compacto, que foi planejado para ter menor consumo de água. Há também azulejos de indução modular que aquecem panelas e microondas portáteis. Já no décor de interiores, há uma intensificação no uso de LEDs, que oferecem durabilidade e baixo consumo de energia. O futuro reserva ainda grandes surpresas, mas é bom saber, que um grande número de cientistas, engenheiros, arquitetos e designers focam, cada vez mais, seu trabalho na tecnologia a serviço da sustentabilidade.

Flávio Nogueira