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Arte natureba

O designer e artista plástico Nido Campolongo é pioneiro em fazer uso do conceito sustentável em sua obra ao transformar matérias-primas como o papelão, borracha e tecido em mobiliário, esculturas e cenários

O paulistano Nido Campolongo debutou na área gráfica, aos 17 anos, e foi na tipografia de seu pai que ele passou a ter contato com as inúmeras possibilidades do papel, da cor e da tinta. Na graduação de engenharia civil, durante os cursos livre de pintura, desenho e gravura em metal descobriu que trabalhar com arte seria o seu caminho natural. Dono de uma produção sofisticada e aclamado como um dos mais importantes ecodesigner, Nido tem olhar apurado e entende como poucos do riscado, muito antes da questão da sustentabilidade estar na ordem do dia. Pioneiro no aprimoramento de técnicas que dão novas finalidades aos resíduos que acabariam no lixo, em suas mãos, cones de novelos, plásticos e aparas de tecidos transformam-se em acessórios descolados que não agridem à natureza. Graças a sua expertise, o papelão virou  a matéria-prima que  ganhou posição de destaque em suas concepções, com ele o profissional já deu formas à peças resistentes como bancos, cadeiras, mesas e estantes. As suas coleções também já foram exibidas em mostras coletivas e individuais na rede SESC, Museu da Casa Brasileira, Masp e Pinacoteca e no exterior em países como França, Itália e Portugal entre outros. “A inspiração para o meu trabalho surge das ruas, em conversas com amigos e a partir de doações de materiais recicláveis”, revela.  Assim de maneira leve mas sempre em busca do novo o artista dá novos rumos ao design sustentável.

Texto publicado na revista KAZA (Edição 101)