Arquitetura literária
Escrito há dez anos atrás pela arquiteta e jornalista francesa Dominique Gauzin-Müller , o livro Arquitetura Ecológica finalmente ganha uma edição brasileira pela Editora SENAC São Paulo. Nele, a autora compõe um retrato de países e regiões que tem na arquitetura uma ferramenta prática e eficiente na proteção ao meio-ambiente e revela as práticas, técnicas, legislações e projetos europeus focados na sustentabilidade. De acordo com o arquiteto Marcelo Aflalo, autor do prefácio à edição brasileira, a autora faz um escolha de caráter ideológico na publicação. “Propositadamente utiliza o termo ecológico nos pontos em que aqui usaríamos ambiental. Essa escolha foi mantida no texto porque, no Brasil, o termo ‘ambiente sustentável’ tem sido usado com certa imprecisão, esvaziando seu real significado. Arquitetura ecológica é aquela que utiliza materiais respeitando sua natureza e extraindo deles seu melhor comportamento”, pondera. Para concluir seu pensamento, Aflalo explica que o termo sustentável deve ser aplicado ao processo todo, indicando um ciclo em que o tripé sustentável – formado por meio ambiente, promoção social e promoção econômica – cumpra seu papel, gerando o menor impacto possível com um resultado mais eficiente.
Num momento em que os selos e as certificações ambientais são cada vez mais exigidos no mercado brasileiro e internacional, o livro serve como guia para arquitetos dispostos a trabalhar sob novas perspectivas e um novo paradigma. E não só eles, como todo o segmento de construção civil no Brasil. De acordo com os editores, a publicação pretende oferecer subsídios para o desenvolvimento de um setor socioeconômico de grande peso na vida nacional: a construção civil, fortemente impulsionada pelo crescimento do pais. E mais do que isso. Como diz a autora, para assegurar a qualidade de vida das gerações futuras tornou-se indispensável o domínio do desenvolvimento sustentável dos recursos do planeta. A partir dessa premissa, a ocupação do território, com responsabilidade, diz respeito a toda coletividade.
Arquitetura Ecológica. Autora: Dominique Gauzin-Müller. Editora: SENAC São Paulo. Páginas: 304. Formato: 28 x 21,5 cm. Idioma: português. ISBN: 978-85-396-0055-7.
As relações entre as culturas francesa e sul-americana durante o século 19 e as primeiras décadas do século 20 também exerceram forte influência no paisagismo brasileiro. Empreendendo um estudo de mão dupla sobre essas trocas de experiências e informações, Belle Époque dos Jardins faz um mapeamento da atividade de paisagistas e horticultores franceses na Argentina, Brasil, Chile e Uruguai.
Belle Époque dos Jardins. Autor: Guilherme Mazza Dourado. Editora: SENAC São Paulo. Páginas: 252. Formato: 21 x 23 cm. Idioma: português. ISBN: 978-85-396-01119-6.
Criar espaços provisórios, com uma curta duração de tempo de uso, tem sido um recurso cada vez mais utilizado nas grandes metrópoles. E esse é o objeto de estudo do livro Temporary Architecture Now!. Sejam salas de concertos de música, espaços de exposições de arte e design ou desfiles de moda, a arquitetura temporária é marcada pelo vai e vem de monumentos que ocupam um espaço por alguns meses, semanas e até dias. Entre os arquitetos que já desenvolveram projetos nesse conceito estão Zaha Hadid e Rem Koolhaas.
Temporary Architecture Now!. Autor: Philip Jodidio. Editora: Taschen. Páginas: 416. Formato: 19,6 x 24,9 cm. Idioma: inglês, português, italiano e espanhol. ISBN: 978-3-8365-2327-1.
Colecionador de arte contemporânea e design, Adam Lindemann, o autor de Collecting Design, revela ao leitor sua visão sobre essa ocupação viciante de colecionar. No livro, apresenta as coleções de 32 especialistas em design , comentários de formadores de opinião, negociadores e a visão do mercado a partir do ponto de vista de leiloeiros tarimbados. Entre os colecionadores estão Michael Boyd e Ronald Lauder.
Collecting Design. Autor: Adam Lindemann. Editora: Taschen. Páginas: 300. Formato: 16,8 x 22,6 cm. Idioma: inglês e espanhol. ISBN: 978-3-8365-1990-8.
