Lados e quadrados
A volumetria desta residência, localizada na capital paulista, foi definida a partir das leis de construção da cidade de São Paulo e do formato peculiar do terreno, que tem pouco mais de 10 metros de frente e aproximadamente 30 metros de comprimento. Segundo a legislação, uma edificação com até dois pavimentos pode ser construída, neste bairro, sobre as divisas laterais do terreno e um terceiro andar é permitido desde que sejam respeitados os recuos laterais.
A casa, então foi pensada como um bloco monolítico de madeira e massa e, sobre ele, um outro volume de concreto e vidro. Por causa da pequena frente do terreno e da volumetria possível, as duas extremidades da caixa teriam que aproveitar a maior entrada de luz possível, com grandes janelas. Seria conveniente também que essas janelas pudessem dar flexibilidade para os quartos, escurecendo o ambiente interno quando desejado.
O volume inferior da casa, que comporta, no primeiro piso, a sala e, no segundo, os quartos, é uma caixa de vidro e brises de madeira, que abrem com portas tipo camarão. O interior possui decoração moderna e contemporânea. A escada, feita em madeira, foi concebida em degraus vazados, apoiados somente na parede, dando um aspecto clean e futurista ao ambiente central, amplo e interligado às demais partes da casa.
Do exterior, quando os brises (e o muro frontal , que segue a mesma linguagem) estão fechados, não é possível distinguir as aberturas, e todas as superfícies de madeiras constituem um volume único puro, sem saliências. Quando esses brises estão abertos, a casa parece uma grande dobradura de madeira.
Perspectiva longitudinal da planta
Ficha técnica
- Área construída: 350 m²
- Área do terreno: 330 m²
- Materialidade: Madeira e Vidro
- Estrutura: Concreto e Tijolo
- Localização: São Paulo, Brasil
Fonte: archdaily