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Ligeiramente suspensa

O projeto dessa habitação, localizada em Portugal, procura tanto reconstruir, como também ampliar, uma ruína em um retiro de repouso, em um terreno com características morfológicas extraordinárias, entre o rio Cavado e seus afluentes. O terreno, de 4.060m2, está em uma área de proteção ambiental e tem a exigência de uma construção em concreto e a preservação de todas as árvores. A capacidade construtiva é ditada pela ruína que existia no local.

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Desde a primeira visita no terreno ficou, claro que se tratava de um projeto delicado. A locação do edifício na área foi essencial, já que o entorno foi a principal referência para a construção. Sendo os clientes praticantes de ski aquático por 20 anos, o rio foi um importante fator na escolha do terreno.  Para eles, a perspectiva excepcional do rio deveria ser o elemento da casa; para os arquitetos, esse elemento deveria ser um espaço interno valioso, porém, o oposto também era relevante – a casa só poderia atuar como um elemento da natureza.

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Depois de identificar o terreno, desenvolveu-se uma análise pragmática das circunstâncias: as demandas do programa eram uma habitação para um casal e uma criança; uma suíte para visitas, preferencialmente, deslocada da habitação; e também um depósito para os equipamentos do ski aquático, com um chuveiro, banheiro e área para esse armazenamento.

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A área da habitação, inevitavelmente pequena, foi especificada pelas dimensões reduzidas da ruína pré-existente.  Por isso, os primeiros esboços do projeto aparecem dependentes dessas dimensõeS. Enquanto isso, a decisão fundamental revelou-se através da orientação da habitação. A posição final no terreno, perpendicular ao slop, procura uma relação melhor com a área e a plataforma onde está colocada, evitando todas as árvores e danos fora da área da habitação. A leve intervenção é reforçada por um volume em balanço que ultrapassa a borda do penhasco, maximizando a aparência transparente do rio, e reduzindo a ocupação do solo.


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Como uma casa parcialmente enterrada, vista da entrada principal a casa parece minimizada; entretanto, vista do rio, ela aparece como uma moldura de vidro disfarçada na vegetação. A relação estabelecida pelo projeto e a ruína define ambos os acessos e a escala da intervenção, transformando a pré-existência em uma presença constante no interior da casa, como qualquer outro elemento da natureza. A plasticidade do concreto com relação à exuberante flora foi determinante, e por isso o desenho cuidadoso da peça de concreto. O volume de concreto com uma cobertura acessível é completamente revestido com bétula no interior.

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Perspectiva longitudinal

 

 

 

Ficha técnica:

  • Área construída: 150 m²
  • Área do terreno: 2000 m²
  • Status: Construído
  • Materialidade: Concreto
  • Localização: Caniçada, Vieira do Minho, Portugal

fonte: archdaily