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Todd Bracher

 

O designer Todd Bracher nasceu em Nova Iorque, nos Estados Unidos, mas prefere evitar ser visto sob qualquer tipo de rótulo, seja de cidadão americano ou até mesmo designer. Após trabalhar dez anos em Copenhague, Milão, Paris e Londres, Todd retorna à sua cidade natal para tomar conta do Todd Bracher Studio LLC. Um dos mais brilhantes criadores da atualidade, foi indicado ao prêmio de designer do ano em 2008 e 2009. Suas obras aterrissaram em terras brasileiras e, a partir de agosto, estarão expostas no Museu Casa Brasileira. Confira abaixo a entrevista exclusiva de Todd Bracher para o Tecto.

Como foi o inicio de sua carreira?

Essa é uma grande pergunta. Depois da escola de design no exterior eu me mudei para a Dinamarca para obter um melhor sabor do mundo do design, embora eu acho que não descreva com precisão onde as coisas começaram nesse momento, é mais sobre já estar no caminho. Se eu fosse para identificar onde tudo isso começou mesmo, eu teria que dizer com a minha família. Minha mãe era uma professora de escola que sempre desse a mim e meu irmão para seguirmos nosso coração, para fazer o que amamos. Meu pai era um carpinteiro que compartilhado a mesma visão, mas também tinha maravilhosas habilidades técnicas e partilharam comigo o seu apreço pelo trabalho de alta qualidade. Esses pontos de vista de meus pais desde a infância eu diria que é como minha carreira começou.

 

Você disse que não quer ser rotulado como um designer, um americano ou qualquer coisa. Por que você evita rótulos?

Aprendi desde cedo que eu posso fazer mais do que eu pensei que eu podia. Na verdade eu preciso fazer mais do que é esperado de mim. Ou seja, se eu não sou um cientista isso significa que eu não posso aprender a ser? Eu não sou um piloto, isto significa que eu não posso nunca pilotar um avião? Eu temo rótulos como eles tendem a não se comunicar o que vejo ou sinto. Eu não sou um 'designer', eu sou alguém que utiliza o trabalho lógica, experiência, recursos e bom senso para fazer o que faço. Se essas características são o que um designer é, então, que tudo bem, no entanto 'designer' neste contexto significa a maioria de todos, alguém que cria belas e objetos caros. Meu objetivo é ajudar as empresas a atingir seus objetivos de negócios e dando ao cliente uma experiência mais rica mais gratificante. O 'design' é o método, não a razão.

 Como você acha que a arte pode ser incorporada aos objetos do cotidiano?

Isso depende da sua definição de "arte". Para mim vejo a arte como auto-expressão não (idealmente) para consumo público, ou seja, eu prefiro ver a arte que foi feita pelo artista para o artista e nós somos convidados para visualizá-lo. Não é a premissa de que a arte é feita para a galeria ou exposição. Portanto, em termos de objetos do cotidiano que eu pessoalmente não sinto a arte precisa ser integrada. A arte tem o seu próprio papel e objetos do cotidiano têm a deles. Eu sinto que a arte é para intelectual /emocional. O consumo e um 'telefone', por exemplo, deve existir para tornar a experiência de comunicação tão bom quanto possível. 

O que inspira seu trabalho?

Coisas que eu não sei nada sobre. Músicas que eu nunca ouvi antes. Sabores eu nunca provei antes.

Com qual tipo de materiais que geralmente trabalha?

Eu não escolho os materiais ou tenho uma preferência. O material deve ser específico para resolver o problema, não ser uma escolha pessoal por mim e as minhas opções.