Madeira de demolição
A madeira de reuso, retirada de construções antigas, postes e trilhos de trem requer cuidados especiais para se tornar um acessório de decoração. São cruzetas, dormentes e madeira de casas antigas, que renascem após o processo delicado implementado pela empresa, uma das líderes de mercado hoje no Brasil.
A madeira é reciclada de antigos casarões, restaurada e utilizada em novos móveis, do estilo rústico ao contemporâneo. Vem com toda uma consciência ecológica de reutilização com nobreza de um material muitas vezes extinto. É importante lembrar que a peroba rosa, uma das principais madeiras de demolição, é uma espécie em extinção.
“Temos um processo de treinamento dos nossos profissionais para a preparação da madeira; desenvolvemos algumas técnicas específicas e um sistema de qualidade que geram uma tranquilidade aos nossos clientes. Recebemos a madeira bruta e fazemos um tratamento estético nela e é neste aspecto que nos diferenciamos neste mercado”, explica Vinícius Zanutto, diretor do madeiradedemolicao.com.
Vinícius explica que grande parte da madeira vem do sul do País, de uma antiga região cafeeira, onde famílias viviam em casas e também tinham tulhas de madeira, onde armazenavam o café. “Tem também casas grandes, que não são mais utilizadas. Estas propriedades acabam sendo demolidas e reutilizamos a madeira. Algumas peças chegam a ter mais de 100 anos”, conta.
“Hoje, mesmo nas grandes cidades, as casas de madeira são substituídas por de alvenaria. Há um tempo atrás, não se valorizava a madeira; agora, o produto tem um alto valor agregado”.
A fabricação dos móveis em madeira de demolição é diferente do modelo usado nos móveis mais modernos. O maquinário é mais pesado, mais bruto. A produção moveleira é uma arte que exige técnica, sensibilidade e delicadeza. O processo começa pela escolha certa da matéria-prima, uma madeira nobre, envelhecida pela ação do tempo, que confere resistência e durabilidade sem igual.
“A madeira passa então por um rigoroso processo de limpeza e benefício, onde a superfície ranhurada é evidenciada com escovação e suas outras faces preparadas e aparelhadas em medidas padrão para novas aplicações. Então, ela é habilidosamente cortada e começa a ganhar a forma do futuro móvel, painel, ou piso; ela passa pela plaina e pela lixa e é moldada vagarosamente”, conta.
Aí, a peça é geralmente encerada e recebe um polimento, que confere o aspecto aveludado à peça. Além do cuidado com a qualidade do produto, o processo de produção destas peças é ecologicamente correto, pois quase não se perde nada no processo. As aparas e até o pó da madeira são reaproveitados.
“O pó, por exemplo, é misturado a uma cola especial, para fazer a massa que tapa os buracos de prego da madeira bruta”, afirma Zanutto. “Depois de lixada, fica imperceptível”, acrescenta.