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O restart de Hirsch

  • O restart de Hirsch

  • Por Flávio Nogueira / Fotos Alexandre Pirani


    Sem desperdiçar uma farpa de madeira, o paulistano transita da cenografia à criação de mobiliário em seu genial Estúdio do Morro

    KAZA
    RONI HIRSCH tem 35 anos e um número muito maior de carimbos no passaporte. Formado em Artes Plásticas pela Faap e em educação não formal em Israel, o artesão assina trabalhos voltados para a questão social dentro do viés das relações humanas e das cenas urbanas. No design, sua primeira experiência foi na Índia. Lá desenvolveu uma técnica de estamparia que mixava xilogravura de cordel e block printing – impressão com madeira e corante vegetal. De volta ao Brasil, fundou a marca Conozco, móveis de design acessíveis e produção com pegada sustentável. Iniciou uma caça por novas expertises e após o convite de um amigo se aventurou nas produções de cenários para peças publicitárias, desfiles, espetáculos e afins. 

  • Kaza
  • A dedicação a cada trabalho era tão forte que ele se sentia frustrado com a efemeridade do projeto. “O empenho para construir um cenário é grande mas dura muito pouco. Na moda, por exemplo, os esforços são reunidos para um resultado de raros minutos, que é quanto tempo dura a magia de um desfile”, conta. Mas como todo bom sagitariano, teve a epifania: iniciar uma série de mobília bancada com os destroços dos sets. Com a ajuda de seu marceneiro, assina a linha RE-SET, um recomeço literal de sua produção artesanal de objetos com estética limpa, linhas retas, simples e muito elegantes no conceito. Mas não é só. Hirsch, o multifacetado, ainda está à frente de um estúdio que leva seu nome, lá no bairro do Butantã, em São Paulo. É ou não é um mestre de cena?
    estudiodomorro.com.br

     

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