Tirando onda
Tirando onda
Por Ana Paula de Assis
A designer Lia Soares e o shaper Gregório Motta abrem as portas de seu ateliê paulistano e mostram a estação de trabalho de onde brotam pranchas e móveis com pegada descoladíssima
Ah! o mar, sempre ele, tão cantado em prosa e verso, foi o ponto de encontro do jovem casal paulistano Gregório Motta e Lia Soares. O moço, desenhista industrial por formação e shaper por vocação, carrega as paixões pelas formas e pelo mar no DNA – ele é filho do designer-surfista Carlinhos Motta. “Eu praticava bodyboard até começar a namorar e ser conquistada com uma prancha que o Gregório fez para mim. Desde que ele se entende por gente o surfe faz parte de sua vida. Na marcenaria do pai descobriu a manufatura de pranchas como a profissão que teria para chamar de sua”, entrega Lia. O negócio cresceu e apareceu. Quando as peças artesanais foram exportadas para a Itália, a arquiteta, mãe do recém-nascido Dimitri, teve a ideia de se apropriar de algumas matérias-primas residuais. Daí nasceu a primeira mesa. “A estrutura do móvel é feita de perfil tubular de ferro e tampo que leva madeira revestida de resina pigmentada. É exatamente o mesmo material utilizado para fazer as pranchas de surfe”, explica. As primeiras encomendas surgiram da turminha descolex de amigos fotógrafos do casal. “Em princípio, o nome da mesa seria Frame, pois a estrutura forma uma moldura perfeita para receber o tampo. Depois optamos por La Tavola, pois o projeto surgiu quando as nossas pranchas artesanais foram exportadas para a Itália – e em italiano tavola significa mesa e prancha.” Bingo. Com nome escolhido, os conceitos e materiais bem sedimentados, o duo navega na marola do design básico, simples e funcional.
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