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Fresh na medida, apartamento paulista incorpora varanda em espaço iluminado e modernex, com assinatura cheia de vigor – e de design – do classudo Diego Revollo
Por Ana Pinho | Fotos Alain Brugier
Há décadas São Paulo ganhou o apelido de terra da garoa. Hoje, no entanto, é a terra do sol forte, do dilúvio, da constante dúvida climática. Foi com tal condição em mente que o jovem – e estrelado – arquiteto Diego Revollo sugeriu que o casal proprietário de um apartamento no bairro de Panamby, em São Paulo, incluísse a varanda da planta na área social. Acertou em cheio. Com um terço a mais de espaço, a morada de doze cômodos soma 170 metros quadrados de muita luz natural, principal desejo dos donos.
“Com a varanda incorporada e o vidro instalado, o espaço inundou-se com claridade”, explica Revollo, arquiteto também formado em engenharia, sempre com boas soluções técnicas na manga e um banho de estilo na cartola. Para realçar e refletir ainda mais a luz, a área social ganhou placas de mármore no chão, paredes brancas e madeira clara natural. O simpático apê abriga um jovem casal de economistas e seus dois filhotes, de dois anos. Versados no campo de custo-benefício e pensando na diversão das crianças, os pais pediram que Revollo acomodasse uma televisão no principal ambiente da casa, o living – a outra fica na cozinha, um espaço totalmente ladrilhado com pastilhas de vidro verde-escuras.
Para que os aparelhos de som não atrapalhassem as linhas limpas e arejadas do projeto, o arquiteto criou um nicho em aço inox polido – uma espécie de central audiovisual que, além de não prejudicar a decoração, deu um toque ainda mais moderno. A simpática mesa de centro Varetas, da Ovo, completa a impressão. O trabalho de marcenaria de carvalho natural que permeia a sala, junto com as poltronas Bali de um amarelo alaranjado da Poliform SPA, aquece o ambiente. “O conjunto é extremamente atual”, resume Revollo.
Da sala de jantar ele destaca a mesa Rahija, da Vermeil, feita de carvalho americano maciço. O grande lustre Drum, da Bertolucci, destaca as cores deliciosas da madeira e os espaldares diferentes de cadeiras. “A escolha de cadeiras delgadas, ora em metal, ora em madeira, indica que o espaço não é formal e assume a função de almoço e jantar”, explica. “O casal tem um estilo de vida prático, e o conforto é praticamente uma necessidade nesses casos”, diz.
Foi pensando nisso que Revollo concebeu espaços amplos, com boa circulação de ar e poucos, mas espaçosos, móveis. Para completar o ar etéreo, a iluminação concentrou-se em rasgos no gesso com trilhos de luz. Dá vontade de aproveitar a tarde inteira se espreguiçando no terraço, não?
