Ode ao cumaru
No interior paulista, projeto da Jacobsen Arquitetura, levemente suspenso do terreno, explora a madeira de brilho amazônico que faz a cabeça – e recobre as pranchetas – dos articuladores da nova casa brasileira
Por Cynthia Garcia| Fotos Leonardo Finotti
A cumaru está entre as madeiras mais nobres da flora da nossa Mãe Terra.De acordo com a escala Janka, parâmetro internacional de medição de densidade de madeira, ela figura entre as mais pesadas do mundo. Sua alta densidade vem das fibras que possuem um entrelaçamento difícil de penetrar, razão que torna essecolosso – de 30 metros de altura e um metro de diâmetro de tronco –, resistente a fungos e cupins. Por outro lado, seu poderoso óleo natural, também usado na perfumaria, impermeabiliza-a contra a umidade, rendendo ao cumaru durabilidade de até 25 anos. Nativo da região norte da América do Sul e da América Central, o generoso gigante, conhecido como a teca brasileira, empresta sua personalidade e competência ao projeto da Jacobsen Arquitetura, comandada pela dupla de pai e filho, Paulo e Bernardo Jacobsen.
“Utilizamos painéis vazados de cumaru na parte íntima, muros de pedra caverna bruta na fachada exterior e, nas salas, portas de vidro”, diz Bernardo resumindo o projeto em terreno de 2.460 metros quadrados, que ganhou área construída de 715 metros quadrados. Para abrigar os desejos da jovem família com dois filhos, foram erguidos três volumes justapostos que formam a casa de campo de dois pavimentos no interior paulista, caracterizada por três pátios independentes: um de acesso e estacionamento, outro de social e lazer, e o terceiro, o dos fundos, que concentra a circulação dos quartos.
Tirando partido da topografia natural da propriedade, a casa foi desenhada com pavimento térreo, que compreende o acesso, o estar, o serviço, a suíte máster e mais três suítes, sendo uma de hóspedes, e um pavimento inferior, que concentra apenas a área de lazer molhada com a piscina e vestiário, e um simpático playroom, como os ingleses chamam o providencial quarto de brincadeiras das crianças.
Tirando partido da topografia natural da propriedade, a casa foi desenhada com pavimento térreo, que compreende o acesso, o estar, o serviço, a suíte máster e mais três suítes, sendo uma de hóspedes, e um pavimento inferior, que concentra apenas a área de lazer molhada com a piscina e vestiário, e um simpático playroom, como os ingleses chamam o providencial quarto de brincadeiras das crianças.