Transarquitetura
O artista plástico Henrique Oliveira aporta em São Paulo com nova escultura que serpenteia as colunas construídas por Oscar Niemeyer
Por Flávio Nogueira
Henrique Oliveira é reconhecido internacionalmente por suas instalações volumosas que despertam no olhar as mais distintas percepções. Esses relevos de madeira, que ora emergem, ora parecem absorver as paredes onde foram refugiados, podem ser conferidos mais uma vez pelo público brasileiro no Museu de Arte Contemporânea da USP. Vencendo o desafio de ocupar os 1.600 metros quadrados do edifício com forte acento modernista de Niemeyer, em Transarquitetônica – nome da obra – Henrique propõe uma discussão poética sobre a história e o pensamento da arquitetura. Serpenteando as linhas desenhadas por Niemeyer, como que desviando de obstáculos, a instalação não se configura como um espaço de travessia, mas como um caminho com múltiplas possibilidades que termina onde começa. É um trabalho que conecta escultura, pintura e arquitetura, oferecendo estímulos diversos que o visitante recebe ao percorrer o trajeto. “Essa nova concepção recupera a dimensão narrativa presente em algumas obras anteriores do artista e, numa proporção que busca o épico, repropõe a fusão entre as mais diversas modalidades artísticas”, explica Tadeu Chiarelli, curador da exposição e diretor do MAC USP. A mostra permanece até 30 de novembro, aberta ao público às terças-feiras das 10 às 21 horas e de quarta a domingo das 10 às 18 horas.
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