SCA - Viva a mudança
mobiliário contemporâneo
MUDANDO O CARDÁPIO
SUGESTÃO DA CASA:
BOA CONVERSA
E NENHUMA PRESSA
Cozinhar com e para amigos amplia os prazeres que uma deliciosa receita promete
SCA - Viva a mudança
mobiliário contemporâneo
MUDANDO O CARDÁPIO
O universo da gastronomia parece cada vez maior. O assunto tornou-se tão rico e tão sedutor que movimenta e influencia diversos outros segmentos, como a arquitetura, a literatura, a decoração, a indústria, a moda, os serviços. A oferta de objetos, utensílios, receitas, dicas, ingredientes, móveis, roupas, acessórios é tamanha que só pode estar atendendo a uma demanda muito consistente.
Os chefs amadores são os grandes responsáveis por essa revolução. Repare: todo grupo de amigos tem o seu gourmet, e é em torno dele que essa turma vem descobrindo o quão interessante pode ser um encontro ao pé do fogão.
A mudança começa justamente por este equipamento, cuja importância se redimensiona. A praticidade e a rapidez de um microondas não são tão valorizadas nesses encontros. Cozinha-se sem pressa, cada fase tem seu sabor e os amigos podem chegar mais cedo para ajudar. Distribuir tarefas aproxima o grupo, emparelha diferenças, exercitando dois dos melhores aspectos da amizade verdadeira: a cumplicidade e a confiança.
Se cozinhar aproxima, ora, então que a arquitetura dê uma ajudinha. Um bom projeto de sala de jantar ou de cozinha pode potencializar o prazer desses momentos. A necessidade depende da demanda, como se viu. Se os encontros não se repetem com frequência, o ambiente suporta improvisos, e os amigos acham uma forma de se acomodar.
Se o programa virou hábito – e essa é a tendência – já começa a valer a pena investir em uma reforma, mergulhar em pesquisas ou presentear o chef com livros sobre gastronomia, mudar a decoração, investir nos "instrumentos" e no visual. Um chapéu de mestre-cuca pode parecer exagero, mas alguma diferenciação o cozinheiro da vez pode exibir, de acordo com o seu estilo. Faz parte do ritual! Aos poucos os encontros se transformam em descobertas culturais, um intercâmbio de gostos, preferências e experiências sensoriais.
Falando nisso... vale pensar em todos os sentidos: um ambiente acolhedor, música bacana, casa limpa e organizada, sem "resíduos" que lembrem preocupações, como pastas de trabalho ou contas a pagar. Antes de pôr a mão na massa, é preciso baixar a rotação. Um aperitivo ou um pouco de vinho ajudam não só o chef, mas a todos, para dar início ao bate-papo sem pretensões. As conversas ao pé do fogão ou em volta da mesa funcionam como terapia.
O importante é não se descuidar da intenção, prestar atenção na importância de cada etapa de preparação, em como os ingredientes se misturam e descobrir como as horas podem passar devagar, sim. Com esse foco, dá-se folga aos problemas. Por isso, tanta gente diz que cozinhar relaxa e dá prazer.
Cumpridas todas as etapas, só resta saborear o prato.Tudo fica melhor depois que a gente come. Imagina se os amigos estão junto para fazer disso um ritual de pura entrega? O estômago e a alma agradecem.