Kaza Talentos Nordeste
110 arte
BrinqueDIM
“Um dos brinquedos que eu mais gosto é o João Teimoso, porque ele
traz a ideia de persistência, de nunca desistir dos nossos ideais”. Pois
é exatamente assim que Dim começa a contar sua história. Nascido
em Camocim, no Ceará, desde menino se interessou pelos brinquedos
e pelos mecanismos. Sua curiosidade era (e ainda é) sem limites.
Desmontou um João teimoso para descobrir que ele funcionava graças
a um peso. Aos 30 anos se mudou para Brasília e, é claro, continuou
a ser curioso: “Eu brincava de ficar viajando. Todo dia eu saía para
conhecer um país diferente; a cada dia entrava em uma embaixada.
Fui muito bem recebido na Espanha, em Portugal, no Japão...”, conta,
bem-humorado. Aliás, é um viés “moleque” presente na trajetória desse
artista que se considera um artista brincante, que brinca de fazer brinquedos.
“Eu faço arte desde quando eu me entendo como gente. Na
minha infância, em Camocim, eu era o menino mais danado do bairro;
chamavam-me até de Zé faz tudo. Na verdade, não houve um começo
do meu fazer artístico. Houve, sim, uma continuidade do meu brincar
de criança”. Hoje tem obras de grande porte em parques, escolas e espaços
públicos, como no Zoológico de Fortaleza, ministra cursos e oficinas,
já realizou exposições em várias cidades brasileiras e tem vários
de seus brinquedos no Museu do Folclore Edson Carneiro, no Rio de
Janeiro. Mora atualmente em Pindoretama, CE,
no Sitio Brinquedim. Continua “brincando”.
E assina assim seus e-mails: brinquedim,
brinquetu, brincamos nós!
1. O João teimoso tem um jeito alegre: “Com
esse mundo tão louco que está aí, a gente tem
que ser persistente na alegria, em tudo” 2.
Aos 18 anos, Dim conheceu o artista
plástico Batista Sena e, com ele, as
técnicas dos pincéis e das tintas:
“Eu sempre fiz arte mesmo
sem saber que era arte”
1
2
Dim, Pindoretama, CE,
(85) 8705 1956
brinquedim@yahoo.com.br
Museu de Folclore Edson Carneiro,
R. do Catete, 179, Rio de Janeiro, RJ
111
3
4
5
3. “Hoje, mesmo quando não
estou confeccionando alguma
coisa, estou pensando,
tendo ideias, juntando
material. Muita coisa eu
invento, outras são releituras
de brinquedos que estão
na minha memória, cenas
da minha infância. Que foi
muito legal: brincava o tempo
todo e sempre fazia alguma
coisa” 4. Da curiosidade em
descobrir como funcionam
as coisas às lembranças,
surgem brinquedos que
encantam as crianças. E,
é claro, os adultos. Como
a caixa de música, que
lembra o circo, o carrossel 5.
Pesquisador, é capaz de criar
seres multicoloridos, lúdicos,
interativos. Para o prazer dos
olhos. Pura brincadeira
Kaza Talentos Nordeste
110 arte
BrinqueDIM
“Um dos brinquedos que eu mais gosto é o João Teimoso, porque ele
traz a ideia de persistência, de nunca desistir dos nossos ideais”. Pois
é exatamente assim que Dim começa a contar sua história. Nascido
em Camocim, no Ceará, desde menino se interessou pelos brinquedos
e pelos mecanismos. Sua curiosidade era (e ainda é) sem limites.
Desmontou um João teimoso para descobrir que ele funcionava graças
a um peso. Aos 30 anos se mudou para Brasília e, é claro, continuou
a ser curioso: “Eu brincava de ficar viajando. Todo dia eu saía para
conhecer um país diferente; a cada dia entrava em uma embaixada.
Fui muito bem recebido na Espanha, em Portugal, no Japão...”, conta,
bem-humorado. Aliás, é um viés “moleque” presente na trajetória desse
artista que se considera um artista brincante, que brinca de fazer brinquedos.
“Eu faço arte desde quando eu me entendo como gente. Na
minha infância, em Camocim, eu era o menino mais danado do bairro;
chamavam-me até de Zé faz tudo. Na verdade, não houve um começo
do meu fazer artístico. Houve, sim, uma continuidade do meu brincar
de criança”. Hoje tem obras de grande porte em parques, escolas e espaços
públicos, como no Zoológico de Fortaleza, ministra cursos e oficinas,
já realizou exposições em várias cidades brasileiras e tem vários
de seus brinquedos no Museu do Folclore Edson Carneiro, no Rio de
Janeiro. Mora atualmente em Pindoretama, CE,
no Sitio Brinquedim. Continua “brincando”.
E assina assim seus e-mails: brinquedim,
brinquetu, brincamos nós!
1. O João teimoso tem um jeito alegre: “Com
esse mundo tão louco que está aí, a gente tem
que ser persistente na alegria, em tudo” 2.
Aos 18 anos, Dim conheceu o artista
plástico Batista Sena e, com ele, as
técnicas dos pincéis e das tintas:
“Eu sempre fiz arte mesmo
sem saber que era arte”
1
2
Dim, Pindoretama, CE,
(85) 8705 1956
brinquedim@yahoo.com.br
Museu de Folclore Edson Carneiro,
R. do Catete, 179, Rio de Janeiro, RJ
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3. “Hoje, mesmo quando não
estou confeccionando alguma
coisa, estou pensando,
tendo ideias, juntando
material. Muita coisa eu
invento, outras são releituras
de brinquedos que estão
na minha memória, cenas
da minha infância. Que foi
muito legal: brincava o tempo
todo e sempre fazia alguma
coisa” 4. Da curiosidade em
descobrir como funcionam
as coisas às lembranças,
surgem brinquedos que
encantam as crianças. E,
é claro, os adultos. Como
a caixa de música, que
lembra o circo, o carrossel 5.
Pesquisador, é capaz de criar
seres multicoloridos, lúdicos,
interativos. Para o prazer dos
olhos. Pura brincadeira